A
proposta da Grande Mobilização Nacional da Saúde, elaborada a pouco
mais de 60 (sessenta) dias, antes da data agendada para o evento, ou
seja, 07 de abril, comemorado Dia Mundial da Saúde, contou com o
envolvimento de diversos seguimentos ligados aos profissionais da SAÚDE,
tais como: sindicatos, associações, cooperativas etc, além de outros
importantes colaboradores, como foi o caso da relevante participação
articulativa do
ex-presidente da CUT-PE, Sérgio Goiana, diretor financeiro da central e coordenador do Sindicato dos Servidores Federais (Sindsep-PE).
O esforço de
Ednaiptan Souza Silva, coordenador do Fórum dos Servidores Municipais do Recife,
que empreendeu todos os esforços possíveis para que o evento se
tornasse uma realidade foi fundamental para que o êxito fosse possível.
Não foram poucos os dias em que ele se manteve até elevadas horas da
noite trabalhando no desenvolvimento de estratégias com a
coordenação da Grande Mobilização Nacional da Saúde, Samuel Camelo.
O
Francis Herbert, presidente do Sindicato Profissional dos Auxiliares e
Técnicos de Enfermagem do Estado de Pernambuco (SATENPE), merece
destaque. Esse guerreiro que, por meio de sua influência, disponibilizou
todos os recursos possíveis para que a coordenação da Mobilização
tivesse espaço nas mídias utilizadas pelos sindicatos, além da
manifestação de apoio incondicional, foi de suma relevância para tornar
possível o estabelecimento das bases representativas.
Hoje
contabilizamos uma experiência maravilhosa e impar, considerando que
todos que participaram do evento foram protagonistas de uma mobilização
nacional, inédita, no que tange a forma com que foi realizada. A saúde
foi o primeiro seguimento de trabalhadores de nosso país a realizar tal
façanha. Isto é motivo de orgulho que, acreditamos firmemente, ficará
registrado na história da saúde pública brasileira, objeto de lembranças
em nosso amanhã.
A partir de hoje, temos uma mudança radical na forma de mobilização da categoria trabalhadora.
Saímos
das manifestações tradicionais e criamos uma nova maneira de falar aos
gestores que desejamos uma SAÚDE com qualidade para o nosso povo.
Obviamente que essa SAÚDE não se faz sem a valorização dos profissionais
que a integram.
Hoje fizemos do
Facebook, Twitter, Blog’s, YouTube etc., ferramentas de manifestações pacíficas e legítimas.
Contabilizamos quase 1,5 milhão de participantes desse primeiro evento, para sermos mais exatos 1.481.352 integrantes.
Ainda
nos primeiros horários do último domingo (07 de abril) tivemos
problemas com o acesso da página do Ouvidor SUS (Ouvidoria), ferramenta
do Ministério da Saúde ligada ao Sistema Único de Saúde – SUS, que
apresentou problemas no envio dos formulários com as reivindicações das
categorias envolvidas na mobilização. Recebemos um grande volume de
reclamações. A coordenação do evento realizou as verificações técnicas e
constatou que o problema possivelmente estava ligado ao grande volume
de acessos ocorridos na referida data.
A Mobilização apresentou como
bandeira de luta dos médicos
- melhores salários e condições laborativas. O movimento médico tem uma
reivindicação nacional de implantação da carreira médica com valor
específico por 20 horas de trabalho por semana.
No caso dos auxiliares, técnicos de enfermagem e enfermeiros
a peleja é pela jornada de trabalho de 30 horas semanais, uma
reivindicação considerada histórica. Algumas categorias profissionais da
seguridade social já conquistaram essa jornada máxima, porém, há uma
década a enfermagem brasileira luta para aprovar o Projeto de Lei do
Senado 2.295/2000, mais conhecido como PL 30 Horas. Lembrando que a
Organização Internacional do Trabalho (OIT) da Organização das Nações
Unidas (ONU) recomenda esta jornada, sob o argumento de que é o melhor
para pacientes e trabalhadores da saúde do mundo inteiro.
Os agentes comunitários de saúde e agentes de combate às endemias
lutam por melhores condições de trabalho e salários, desprecarização do
vínculo de trabalho, com base na Lei Federal 11.350/2006 e formação
técnica, conforme proposta do Ministério do Trabalho.
Certos
de que ao melhorar as condições de trabalho desses profissionais,
inevitavelmente projeta-se qualitativamente melhores condições dos
serviços da saúde. A busca por melhores condições de trabalha está
intimamente ligada melhoria na qualidade dos serviços públicos de saúde,
prestados a maioria da população brasileira, que depende de tais
serviços.
Em decorrência dos problemas descritos com os
formulários de contato do site do Ministério da Saúde (Ouvidor SUS),
que não suportou o volume de envios por parte dos manifestantes,
decidimos continuar com as manifestações até o último dia do mês abril.
“Estamos estudando a possibilidade de realizar uma
nova Mobilização Nacional da Saúde, ainda esse ano. Já iniciamos a
análise do evento do último domingo e brevemente nos posicionaremos
sobre tal possibilidade,” comentou Samuel Camêlo.
Divulgação: Mobilização Nacional dos Agentes de Saúde - MNAS
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